11 de março de 2010

Lugar de mulher é na luta... e nos estádios!

Extraído do Blog Fútbol Rebelde, como publicação de Rash São Paulo.

O futebol é, culturalmente, paixão nacional ao redor do mundo e, no Brasil, não seria diferente. São poucos os homens que não têm um time do coração e que o acompanham desde a infância, brigando por ele desde então. Porém, e quanto às mulheres? Onde estamos quando o assunto é futebol?
Desde criança somos direcionadas a esportes, jogos e brincadeiras tidas como femininas, enquanto que nossos irmãos, primos e pais são quase que 100% voltados ao futebol. Porém, algumas de nós começam a sentir gosto pelo esporte, por um time, seja pra jogar, pra assistir pela televisão ou até mesmo, estar nas arquibancadas.
Tradicionalmente, a mulher, no Brasil, ainda é vítima de preconceito de gênero diariamente, no trabalho, dentro de campo (basta comparar os salários astronômicos pagos aos jogadores e a “ajuda de custo” destinada às jogadoras) e, também, nas arquibancadas.
O que vemos hoje no futebol masculino é a capitalização dos jogadores em suas transações com foco estritamente pecuniário, deixando de lado o futebol, o torcedor, se tornando um negócio, um mercado financeiro. Quanto ao futebol feminino, vemos jogadoras que ganham mal (em relação aos homens) e que, com certeza, não têm a mesma visibilidade que os jogadores “astros”. Mas, ainda assim, jogam com força, vontade, independentes do dinheiro e fama.


Manifestação da torcida Ultras Resistência Coral , do Ferroviário Atlético Clube

As arquibancadas são, ainda hoje, quase que em tua totalidade preenchidas por homens, porém, vemos alguns rostos femininos no meio da multidão. E cada vez mais essas mulheres não estão lá apenas para acompanhar o marido, o pai ou o filho, mas sim, porque elas querem torcer e apoiar o time do coração, elas gostam de futebol.
É nessa hora que os machistas de plantão, vêm com o discurso pronto de que mulheres não entendem de futebol, temos credibilidade zero nesse assunto (aqui entra aquela piadinha machista: “o que é impedimento?”). Mas me pergunto, o que é “entender de futebol”? Se for sentar diariamente em frente à TV e assistir a todos os programas a La mesa redonda, com discussões sobre lances polêmicos, penalidades mal marcadas, árbitros ruins e estratégias furadas, realmente, não são todas de nós que se interessa por isso. Assim como muitos homens também não se interessam, mas têm a obrigatoriedade de se manter em dia com esse tipo de programa, pois não querem passar por “desentendido” perante outros machsitas.
No entanto, entender futebol vai além de sentar no sofá, criticar a arbitragem, o treinador, depois zapear pelos canais, pegando opiniões furadas, e no dia seguinte defendê-las nas rodas de amigos; e vai além, também, de definições técnicas (impedimento: o jogador se encontra mais próximo da linha de meta contrária que a bola e o penúltimo adversário). Entender é comparecer. Ir aos jogos, torcer, apoiar o time, xingar o juiz, vibrar, levantar a bandeira, honrar a camisa!. Isso, devo lhes dizer, nós mulheres temos no sangue. Que venham as arquibancadas, pois lugar de mulher é na luta... e no futebol!

5 de março de 2010

Uma triste noticia!

No ar desde outubro de 2007 e após 117 edições, a Rádio Ferrão chegou ao seu fim no último domingo de fevereiro. A partir desse mês, a Rádio Clube 1200 AM está modificando toda a sua grade de programação, que passa a ser veiculada em cadeia nacional, extinguindo a maioria dos programas de produção independente.

A confirmação da notícia ocorreu no dia de ontem. Após reunião com a direção da emissora, o apresentador Saulo Tavares comentou sobre a decisão: "Já haviamos sido avisados que a programação iria passar por total reformulação, onde os horários arrendados darão lugar à rede nacional. Infelizmente, a confirmação veio no dia de hoje, mas não há que se lamentar, pois o mais importante foi a contribuição em termos de qualidade e conteúdo que o programa deu ao rádio cearense e, em particular, à torcida do Ferroviário, que sempre manteve um ótimo índice de audiência", declarou Saulo.

Ao longo dos dois anos e meio que esteve no ar, passaram pela Rádio Ferrão as mais diversas personalidades corais, entre jogadores, técnicos, presidentes, ex-dirigentes, ex-atletas, autoridades governamentais e desportistas em geral. "Cumprimos a nossa missão. Vamos olhar pra frente e viver a realidade sem o programa. Quando pensarmos no que passou, teremos motivos para nos orgulhar do que fizemos", finalizou Saulo Tavares.

Fonte: Portal oficial do Ferroviario.


Meus domingos assim como o de centenas de torcedores corais voltaram a serem tristes e enfadonhos, sem esta grande ferramenta de divulgação do nosso glorioso Ferrão! Sem tempo para despedidas, acho ate que foi melhor assim, pois seria muito triste acompanhar a radio no dia 28/02 sabendo que seria o ultimo programa.

Parabéns a todos que fizeram a radio ferrão, a Resistência hoje esta de luto e espera que esta ferramenta ressurja num futuro próximo trazendo a felicidade que era acompanhar o dia-a-dia do Ferrão!